terça-feira, 10 de julho de 2012

Leve e fino, Surface destaca-se por acessórios e integração de hardware com software

 Chassi em magnésio, bordas afiadas, revestimento que inibe o acúmulo de sujeira e tela HD com suporte à tecnologia ClearType (que permite a melhor leitura no display). As credenciais do Surface, novo tablet da Microsoft, passam a impressão de que, em teoria, a companhia não está para brincadeira. Na prática, a sensação se mostra real.
 Ele é fino, ele é leve e ele é agradável (do ponto de vista do manuseio) de operar. O Surface roda Windows RT (versão do Windows 8 para tablets) com perfeição, exatamente da forma que se espera que faça. A interação homem-máquina é tão agradável que se deseja dedilhar a tela sensível ao toque constantemente. Entretanto, caso prefira, é possível utilizar o teclado (que faz às vezes de capa, também) para operar o Surface – e ele é tão bom que fica léguas à frente dos acessórios semelhantes em concorrentes.
 A frente do equipamento é revestida com a tela em vidro que abrande toda a parte dianteira até se conectar ao chassi de magnésio (“nós tiramos todo o ar do interior do Surface”, apontou o expert em hardware da Microsoft Stevie Battiche ao TechRadar). Ainda nessa área, há apenas um logo do Windows visível (a palavra Microsoft não aparece em lugar algum do tablet).
 Ao ligar, percebe-se que a tela de 10,6 polegadas ocupa quase toda a frente do Surface. Há meia polegada de respiro em cada canto, a qual permite que o usuário segure-o sem interferir no que aparece no display.
 O logo do Windows não é apenas um sinal decorativo. Ao tocá-lo, o usuário acessa a tela inicial do sistema – basta um simples tapinha para isso.


 Já foi falado que o Surface é leve e oferece excelente “pegada” (anatomicamente falando, agrada muito). O chassi de magnésio é revestido por uma leve camada que empresta a impressão de tornar o tablet mais durável. Apesar disso, caso o usuário não queira segurá-lo, há uma espécie de suporte com dobradiças em seu dorso, que permite ao usuário deixar o Surface apoiado (e em pé) sobre mesas. A “dobradiça” é presa por conexões magnéticas, que dão mais “equilíbrio” ao Surface: caso o tablet esteja em uma superfície que chacoalha, ele dificilmente cairá, pois seu apoio é firme.
 Se o usuário estiver familiarizado com a Smart Cover do iPad 3, então essa capa-suporte não será novidade alguma. Essa é outra prova, aliás, de que a Microsoft quer mesmo concorrer, cabeça a cabeça, com a Apple quando o assunto for tablet.
 Por meio da capa, suporte e teclado, é possível posicionar o Surface no colo e digitar. Mesmo realizando a tarefa a todo vapor, ele não cai para frente ou para trás – conforme acontece eventualmente com o Asus Transformer Prime. Seu peso também não incomoda em momento algum.
 A Microsoft incluiu algumas portas com o que de melhor há atualmente no mundo dos eletrônicos. Além da entrada do cabo de força, há no equipamento entradas de cartão microSD, uma porta USB 2.0 (que no Surface Pro, se torna USB 3.0) e micro HDMI. Nas laterais também estão os microfones e alto-falantes do equipamento.


Interface

 Se em termos de usabilidade e design o tablet vai bem, o próximo passo é analisar o que está dentro dele. Uma vez ligado, o Windows RT demonstra a mesma interface Metro vista no Windows 8 e Windows Phone, com a tela quadriculada separando seções e itens. 
 A experiência no Windows RT é a melhor possível. Com simples toques é possível acessar contatos (estejam eles no Facebook, no Twitter ou na agenda do Hotmail ou Live Mail), entrar na web ou consumir conteúdo multimídia. Quando o assunto é revezar ou realizar tarefas ao mesmo tempo, ele não engasga. É possível enviar um e-mail enquanto assiste-se a algum seriado, com ambas as janelas dividindo a tela.

A versão avaliada pelo TechRadar (Surface Pro) roda um processador Intel Core i5 Ivy Bridge, rápido o suficiente para acessar ou utilizar programas parrudos, como o Adobe Photoshop Lightroom. Nesse caso em especial, trabalhar com imagens via touchpad no teclado foi tarefa tão precisa como se a reportagem estivesse operando o software por meio de um mouse em um desktop.

Entre os quesitos negativos do Surface, algo que chamou a atenção foi o modo paisagem. Ao mudar a orientação da tela, ela rapidamente gira, entendendo a nova posição do tablet. Entretanto, ao voltar à posição retrato, o equipamento da Microsoft demora a se situar. Em casos em que o eletrônico troca de posição rapidamente - como quando o usuário quer mostrar foto para alguém - , é sempre uma surpresao que ocorrerá, se ele mudará ou não sua orientação.

Outro ponto pode ser desabonador. A interface Metro é bastante elogiada em portáteis. Entretanto, quando é usada em desktops (por meio do Windows 8, ainda sem versão comercial), há ainda quem estranhe. Como o tablet é um híbrido entre computadores maiores e portáteis, é possível que a curva de aprendizado para operá-lo seja alta .


Veredicto


É uma surpresa a Microsoft ter criado seu próprio tablet. Mas, de fato, a companhia fez um bom trabalho.
Ele é muito mais refinado do que muitos tablets com Android embarcado.

O surface não é parecido com o Ipad. Operar um e outro são experiências completamente diferentes. O tablet da Microsoft é um portátil com um esperto sistema Windows, com suporte a toques rápidos do usuário, o que o torna uma ferramenta extremamente prática. 

De modo geral, ele agrada no manuseio, na velocidade de suas respostas, em suas soluções bem acabadas.
Em um teste cego, poderia ser bem avaliado por fãs dessa ou daquela marca.

Mas é aí que se encontra sua maior barreira: ele tem a missão de convencer o mundo de que o Windows 8 é comparável a tablets que rodam sistemas como iOS e Android. E, ao fazer isso, se mostrar o competitivo o suficiente em termos de custo.

O primeiro movimento dado pelo Surface, nesse sentido, é bom. Agora, basta aguardar o que vem pela frente. 










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