quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Galaxy Ace é o smartphone de entrada caprichado

Aparelho da Samsung tem bom processador, câmera de 5 MP e Android 2.2



Armado com um processador de 800 MHz, o Galaxy Ace está distante dos smartphones top de linha, mas figura como um verdadeiro ás em sua vizinhança, entre os aparelhos de entrada. O principal atrativo do aparelho é a relação entre custo e benefício, já que por 800 reais ele traz recursos de sobra como câmera de qualidade, tela de 3,5 polegadas, DLNA com o Samsung All-Share e Android 2.2 (Froyo). Além do poder de fogo, o aparelho tem um visual sóbrio, mas ainda assim atraente, e pesa 113 gramas. De cara o Galaxy Ace apresenta dois pontos fracos: pouca memória interna e uma gravação de vídeo com qualidade desprezível.

Com cantos arredondados e corpo construído totalmente em plástico, os 5,9 por 11,1 por 1,2 centímetros do Ace conferem uma boa empunhadura e conforto para carregá-lo no bolso. A tampa traseira tem uma textura áspera interessante, pois além da aderência, torna o manuseio agradável. O Ace não é um aparelho grande. Ligeiramente menor, e tão fino quanto o iPhone 4, ele só perde para modelos mais recentes, como Xperia Arc ou mesmo o Galaxy S II, seu irmão topo de linha.



A tela de 3,5 polegadas conta com 320 por 480 pixels, tem boa resposta aos toques e tem brilho na média. Se comparado a seus principais concorrentes, como o LG Optimus Me, não há nada de excepcional no Ace nesse quesito. Há quem compare o pequeno smartphone com o iPhone 3G e, realmente, as semelhanças são evidentes. Mas o aparelho na verdade é uma versão mais madura do Star II, um celular básico da Samsung.

Minimalista, o design conta com poucos botões. Na lateral esquerda há um controle para volume, enquanto na lateral direita o usuário encontra a entrada com tampa para cartão microSD, além do botão liga/desliga, que também trava a tela. Na face frontal há um botão físico, o tradicional “Home”, além de dois botões sensíveis ao toque (menu, à esquerda, e voltar ao lado direito). Na parte superior há uma entrada microUSB, que além de conectar o aparelho ao PC, recarrega a bateria. Ao lado há um conector P2 para fones. Um diferencial é a pequena tampa para a USB, que evita a entrada de poeira quando a porta não está sendo utilizada (maior parte do tempo).

Na parte traseira, além da tampa feita em plástico preto fosco, que é mole e fácil de ser removida, há a câmera de 5,1 MP e um flash LED. Há também duas ranhuras, por onde escapa o som do aparelho. Para evitar que o som seja abafado quando o smartphone é colocado em uma superfície lisa há uma pequena elevação entre elas.

Froyo com calda da Samsung

Equipado com o Android 2.2 (com possível e desejada atualização para o Gingerbread), o Ace traz a tradicional interface TouchWiz, da Samsung. O visual da TouchWiz não é dos melhores. O aspecto, no geral, traz muito mais empecilhos que melhorias. As fontes e cores escolhidas não são das mais elegantes, bem como a fonte dos menus. Uma vantegem, no entanto, é o movimento de pinça para exibir todas as ares de trabalho (na tela inicial) e todos as janelas com os aplicativos instalados. O recurso facilita a vida de quem possui muitas aplicações e gosta de aproveitar o aparelho ao máximo. Assim como em outros modelos da marca, o usuário pode adicionar, remover e organizar áreas de trabalho.


A interface também acompanha uma série de widgets, como um painel de controle de funções básicas, como Bluetooth, Wi-Fi e rotação da tela e um gerenciador de tarefas. Essa é uma novidade interessante da TouchWiz no Android 2.2. Além de exibir todos os dados de uso de memória (storage e RAM), permite encerrar aplicativos abertos.
A orientação do menu de aplicativos também é um diferencial. Para bem ou para o mal, ela responde da mesma maneira que a tela inicial, com rolagem na horizontal. A maioria dos aparelhos faz o oposto, trazendo uma orientação vertical para as apps.

A agenda de contatos é um ponto forte da interface. Com um alfabeto na lateral direita, que funciona como uma espécie de barra de rolagem, o Ace torna simples a tarefa de buscar um contato sem a necessidade de digitar qualquer letra na caixa de busca. Ela também conta com um pop-up com opções para chamada, mensagem de texto ou e-mail. Basta pressionar a foto de um contato para que o menu apareça.


O teclado com Swype tem bom tamanho e sua digitação é confortável. O usuário pode, no entanto, se deparar com alguns engasgos durante a digitação e pontos serrilhados em algumas teclas. As teclas do telefone, bem como o sinal do aparelho e volume durante as ligações não apresentou nenhum problema durante os testes do INFOlab.


Benchmark Quadrant (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho



Samsung Galaxy SII
3.148

Xperia Arc
1.348

Samsung Nexus S I
1.348

LG Optimus Black
1.293

Galaxy Ace
588

LG Optimus Me
522


O processador de 800 MHz ARM 11, da Qualcomm, permite que o usuário execute as tarefas tradicionais do aparelho, rode aplicativos simultaneamente e se divirta com a maioria dos jogos, graças ao chipset Adreno 200. Mas vale lembrar que, assim como em outros aparelhos de entrada, a GPU e CPU não encaram gráficos mais complexos ou um grande volume de informação como nos aparelhos top de linha. Lentidão e alguns travamentos ocasionais são esperados.


O navegador do aparelho tem um visual bastante simples e faz o básico. Vale ressaltar, no entanto, que não há suporte nativo a Flash. Mesmo com a versão de Android que permite o uso do Flash, o processador do aparelho não é capaz de reproduzir o conteúdo, situação semelhante à do LG Optimus One. Fora esse detalhe o navegador traz os recursos de sempre, como zoom com pinça, por botões, opções para favoritos, configurações de segurança, etc.

O Ace traz alguns aplicativos interessantes (e outros nem tanto) pré-instalados, como All Share (DLNA), Samsung Apps (loja de aplicativos), Social Hub (agregador de redes sociais) e trial de três jogos: Midnight Bowling, Prince of Persia e Uno. O All Share é, sem dúvidas, o mais interessante. Com ele é possível enviar e receber arquivos de outros dispositivos compatíveis com DLNA, como televisores e PCs. Dessa maneira, é possível enviar um vídeo gravado no celular para a TV sem nenhum cabo, ou mesmo rodar um vídeo armazenado no PC direto no aparelho.


O aparelho conta ainda com uma câmera de autofoco de qualidade, tanto no contraste como nas cores. O resultado é o esperado para uma câmera de 5 MP (2560 por 1920 pixels). A interface da Samsung é básica, com opções para ajuste de qualidade da imagem, nível de branco e ganho de luminosidade. Não há um botão físico dedicado para disparo, portanto o usuário deverá se contentar com a interface e tocar a tela. Mesmo com uma boa qualidade para a captura de imagens, a gravação de vídeo é sofrível. A filmagem a 320 por 240 pixels a 15 quadros por segundo tem qualidade desprezível.









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